Reunião na Câmara debate situação dos condutores de ambulâncias

por Paulo Torres publicado 11/10/2019 11h35, última modificação 18/10/2019 15h42
Foi realizada nesta sexta-feira, dia 11 de outubro, uma reunião na Câmara de Toledo para tratar da situação dos condutores de ambulâncias municipais, contando com a participação do presidente do Poder Legislativo, Antônio Zóio, além da vereadora Janice Salvador e dos vereadores Leandro Moura e Ademar Dorfschmidt. Pelos condutores de ambulâncias participaram quatro representantes, os quais explanaram aos vereadores sobre sua atuação, especialmente as questões envolvendo transporte de pacientes para centros como Curitiba e Londrina sem acompanhante e outros desafios trazidos pela atividade.
Reunião na Câmara debate situação dos condutores de ambulâncias

Vereadores e condutores de ambulâncias reuniram-se na Câmara de Toledo

Foi realizada nesta sexta-feira, dia 11 de outubro, uma reunião na Câmara de Toledo para tratar da situação dos condutores de ambulâncias municipais, contando com a participação do presidente do Poder Legislativo, Antônio Zóio, além da vereadora Janice Salvador e dos vereadores Leandro Moura e Ademar Dorfschmidt e do coordenador do Departamento Legislativo, Daniel Scopel. Pelos condutores de ambulâncias participaram quatro representantes, os quais explanaram aos vereadores sobre sua atuação, especialmente as questões envolvendo transporte de pacientes para outros centros e os desafios trazidos pela atividade.

A reunião no Gabinete da Presidência da Câmara lembrou a Indicação n° 555, da vereadora Janice Salvador, que indica ao Poder Executivo “criação de cargo de condutor de ambulância no âmbito da Administração Pública Municipal, na forma do anteprojeto proposto”. Os condutores Ione, Flávio, Leudir e Maycon manifestaram-se no sentido de que seja considerada a realidade que vivem na atividade em qualquer regulamentação a respeito.

A Indicação n° 555 destaca que a “profissão é reconhecida por meio da Lei Federal nº 12.998, de 18 de junho de 2014, que dispõe sobre o exercício da profissão de Condutor de Ambulância e CBO 7823-20, que entrou em vigor em janeiro de 2016, a fim de regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do profissional condutor de ambulância, além de dar outras providências.” Os condutores destacaram a necessidade de considerar o lado humano, do motorista e do paciente, relatando a realidade que vivem.

Um contou que teve que levar uma senhora de 89 anos a Curitiba e ela passou mal no caminho, levando-a direto para o hospital, onde foi salva. Em outro caso o motorista, sozinho, levava para Curitiba uma menina especial que o médico da UPA havia considerado que “seria interessante” se fosse acompanhada de uma enfermeira, mas não solicitou. A menina passou mal após jantar no posto Três Pinheiros e foi até Guarapuava gritando, sendo levada para a cidade e à UPA de lá, a qual ficava longe, relatou o condutor de ambulância. Os condutores relataram ainda que algumas ambulâncias não têm os 7 m3 exigidos, em alguns casos na UPA não cabendo uma prancha.

O vereador Ademar comentou dos casos de transferências de pacientes graves para Londrina e Curitiba em que o transportado morre no caminho e o que isto causa no motorista. A vereadora Janice disse é preciso reconhecer o nível de complexidade e de responsabilidade envolvido na atividade do condutor de ambulância, afirmando que uma lei vai ter que definir algumas questões básicas. A reunião apontou ainda que uma proposta do Poder Executivo agilizaria o andamento da questão. O presidente Antônio Zóio disse que os vereadores estão à disposição dos condutores de ambulância para buscar uma solução e destacou que se está construindo uma pauta a respeito da realidade que vivem e que pode envolver qualquer um de nós num eventual problema de saúde.IMG_7979a.JPG