Presidente da Câmara destaca mudanças na proposta da reforma política
O recuo do relator da reforma política na sua proposta de mandato de dois anos para os próximos vereadores foi saudada pelo presidente da Câmara Municipal de Toledo, Ademar Dorfschmidt, por atender a posição da UVB-União dos Vereadores do Brasil. O vereador toledano manteve contato com o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) em Brasília como presidente da Comissão Especial da Reforma Política da UVB, a qual teve como relatora a vereadora Sueli Guerra. Ademar esteve em Brasília na terça e quarta-feira, retornando na madrugada desta sexta, dia 15 de maio. Para os vereadores da UVB não se justifica fazer duas eleições em dois anos como propunha o relator e foi criticado pela entidade nacional, que mobilizou os vereadores junto aos deputados e levou sua Comissão Especial e direção a Brasília.
Ademar Dorfschmidt participou de reuniões com deputados de todo o Brasil em torno do tema, esclarecendo a respeito da proposta da UVB o presidente, o vice-presidente e o relator da reforma, além da bancada paranaense. “Estivemos com os deputados Sperafico, Hauly e Sérgio Souza, que nos conseguiu acesso ao plenário, onde falamos com vários deputados”, relatou o presidente da Câmara Municipal de Toledo. “Nos contatos com os deputados Sérgio Reis, Peninha, do Rio Grande do Sul, e diversos de Goiás tivemos uma discussão muito ampla, no Plenário e na Comissão, que fez os destaques”, relatou Ademar Dorfschmidt. Com as mudanças na proposta da reforma política que vai a votação semana que vem os próximos vereadores não mais terão mandato de dois anos, com nova eleição em 2018, o que o vereador de Toledo considera uma vitória da mobilização da UVB.
A Câmara dos Deputados deve votar a proposta de reforma política do relator Marcelo Castro no dia 19, próxima terça-feira. Uma das propostas da reforma é a unificação das eleições, que motivou a ideia de uma nova eleição de vereadores em 2018, que agora foi retirada. A proposta mantém a cláusula de desempenho dos partidos, com limite mínimo de votos válidos para acesso ao Fundo Partidário, mantém o financiamento público e privado das campanhas, fim das coligações nas eleições proporcionais e voto distrital em estados e municípios, com eleição dos candidatos mais votado, independente do partido, o chamado “distritão”. A proposta também reduz a idade mínima para senador de 35 para 30 anos e exige fidelidade partidária, com o candidato perdendo o mandato em caso de troca de sigla.
