Estudantes falam na tribuna da Câmara Municipal de Toledo

por Paulo Torres publicado 23/04/2015 14h55, última modificação 28/04/2015 09h54
A sessão da Câmara Municipal de Toledo nesta semana foi presidida pelo vice-presidente Walmor Lodi devido a viagem do presidente Ademar Dorfschmidt. Antes da sessão dois alunos do Colégio Castelo Branco/Premen, Larissa Grando e Mateus Bellaver, usaram a tribuna, além do professor Everson Grando. A participação, acompanhada pelo diretor, professor Carlos Arthur “Tite” Longen, decorreu das presenças de quatro turmas da disciplina de Sociologia do Premen nas últimas duas sessões da Câmara Municipal. Os estudantes falaram de reforma política, corrupção, democracia, ditadura e comunismo. O professor Everson disse que as visitas foram “um grande aprendizado para os alunos”, agradecendo a acolhida dos vereadores.

 

A sessão da Câmara Municipal de Toledo nesta semana foi realizada na quarta-feira, dia 22, devido ao feriado de Tiradentes, sendo presidida pelo vice-presidente Walmor Lodi devido a viagem do presidente Ademar Dorfschmidt. Antes da sessão dois alunos do Colégio Castelo Branco/Premen, Larissa Grando e Mateus Bellaver, usaram a tribuna, além do professor Everson Grando. A participação, acompanhada pelo diretor, professor Carlos Arthur “Tite” Longen, decorreu das presenças de quatro turmas da disciplina de Sociologia do Premen nas últimas duas sessões da Câmara Municipal. Participaram alunos da 2ª Série A e 2ª Série B no dia 6 e  no 13 de abril a 2ª Série C e 2ª Série D.

Para a aluna Larissa Grando (foto) a experiência da sessão da Câmara contribuiu para desenvolver o senso crítico e moral e é Larissaimportante para a sua formação e visão de comunidade. A estudante disse na tribuna da Câmara Municipal que percebeu que são milhares de problemas num único município e deve-se fazer o possível e o impossível para atender a todos. Ela também falou da reforma política e comentou a proposta de redução da maioridade penal, questionando como sairiam das prisões adolescentes levados para lá, defendendo ainda que na saúde seria necessário melhora e ampliar o atendimento e sugeriu aos vereadores discutirem soluções com quem está lá.

Já Mateus Bellaver (foto) disse na tribuna que as campanhas eleitorais deveriam ser franciscanas e defendeu que a reforma política seja deixada de lado até a atual crise passar. Para o estudante o que acaba com o Pais são a corrupção e o populismo e o Bolsa Família não seria utilizado se a educação e a saúde tivessem boa qualidade, defendendo que os recursos do programa fossem direcionados a estes setores. Para ele a corrupção não é só culpa do povo, mas também da mídia e a falta de liberdade de expressão não deixa os fatos serem divulgados “como acontecem realmente” e a democracia seria a total liberdade de Mateusexpressão. Ele também falou da ditadura, afirmando que o Brasil teve uma “liberdade mais restrita” no período mas havia segurança e através dela o Brasil livrou-se do comunismo. Para o estudante do colégio cujo nome homenageia o primeiro militar a governar após a derrubada do presidente João Goulart, na ditadura foi quando o Brasil mais se desenvolveu, especialmente na infraestrutura, e os que reclamam é porque foram cassados ou são “adeptos do comunismo”.

Já para o professor Everson Grando, que ministra Sociologia no Colégio Castelo Branco/Premen e também no Colégio Jardim Europa e Esperança Covatti, as visitas à Câmara mostraram aos estudantes aspectos práticos da Sociologia, cujo estudo nem sempre é fácil, pois muitas vezes as pessoas trazem seus conceitos enraizados, ou preconceitos. Ele disse porém que as visitas foram “um grande aprendizado para os alunos”, agradecendo a acolhida dos vereadores. O vereador Vagner Delabio disse aos estudantes que a Câmara não é apenas as sessões semanais, pois tem também o trabalho das Comissões Permanentes, onde os assuntos são mais aprofundados e que seria importante que também fosse conhecido e acompanhado. O presidente da sessão e vice-presidente da Câmara Municipal, Walmor Lodi, disse aos estudantes e professores que o Poder Legislativo está “de portas abertas, quando decidirem vir será motivo de alegria e satisfação”.