CPI aborda coleta de recicláveis, fim do aterro e novos depoentes

por Paulo Torres publicado 14/09/2017 09h30, última modificação 18/09/2017 10h09
A CPI-Comissão Parlamentar de Inquérito nº 01/2017, destinada a verificar a coleta de resíduos recicláveis, reuniu-se nesta quarta-feira, dia 13. Os vereadores ouviram o engenheiro da Secretaria de Meio Ambiente Flávio Augusto Scherer sobre o Plano Municipal de Coleta Seletiva de Resíduos e aprovaram a convocação do presidente do Conselho de Meio Ambiente, Robert Hickson e da integrante da Associação dos Catadores de Toledo, Sebastiana Correia dos Santos de Carvalho e da representante da Coopertol, Serli Correia dos Santos Almeida. A coleta seletiva de Toledo deve mudar com a coleta conteinerizada, que fará a separação dos resíduos na origem e cobrirá inicialmente a área central e mais 3 bairros mas exigirá investimentos em equipamentos. O aterro sanitário está no seu limite e a reciclagem reduz o envio de resíduos para ele, apontou engenheiro à CPI.
CPI aborda coleta de recicláveis, fim do aterro e novos depoentes

CPI ouviu engenheiro e aprovou por unanimidade requerimentos para ouvir mais três depoimentos

 

A CPI-Comissão Parlamentar de Inquérito nº 01/2017, destinada a verificar a coleta de resíduos recicláveis, solicitada pelo Requerimento nº 131/2017 e designada pela Portaria nº 91, realizou sua quarta reunião nesta quarta-feira, dia 13, a partir das 9h. A CPI é presidida por Airton Savello, tendo Neudi Mosconi como relator e ainda os membros Luís Fritzen, Corazza Neto e Ademar Dorfschmidt. O encontro foi realizado no Plenário e Auditório Edílio Ferreira e os vereadores ouviram o engenheiro da Secretaria de Meio Ambiente Flávio Augusto Scherer sobre o Plano Municipal de Coleta Seletiva de Resíduos e aprovaram a convocação do presidente do Conselho de Meio Ambiente, Robert Hickson, solicitado pelo vereador Neudi Mosconi; e da integrante da Associação dos Catadores de Toledo, Sebastiana Correia dos Santos de Carvalho e da representante da Coopertol, Serli Correia dos Santos Almeida, solicitadas pelo vereador Corazza Neto. As convocações foram aprovadas por unanimidade pelos vereadores da CPI.

A coleta seletiva de Toledo deve mudar com a coleta conteinerizada, que fará a separação dos resíduos na origem e cobrirá inicialmente a área central e mais 3 bairros mas exigirá investimentos em equipamentos. As informações são do engenheiro civil da Secretaria de Meio Ambiente, Flávio Augusto Scherer, que falou à CPI sobre a situação, desafios e perspectivas da coleta seletiva em Toledo. Atuando há 12 anos como servidor e atualmente lotado na Secretaria de Meio Ambiente, ele disse que são necessários um caminhão para içamento dos contêineres no valor de cerca de R$ 700 mil e um para higienização dos contêineres após o uso, que custa cerca de R$ 500 mil, estimando que os investimentos devem chegar a cerca de R$ 5 milhões. A melhora da coleta porém deve reduzir o lixo enviado ao aterro sanitário, que já está no seu limite.

Segundo o engenheiro, o projeto do atual aterro previa 6 camadas, mas estamos na 8ª e estamos indo para a 9ª, enquanto um novo aterro só deve ser conseguido no ano que vem. Uma empresa está elaborando o projeto para a licitação, mas existem novas exigências quanto ao levantamento de aspectos históricos e arqueológicos junto ao Iphan-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, explicou o engenheiro aos vereadores. Este estudo da área escolhida agora está sendo licitado, explicou ele, informando que estão sendo direcionadas energias neste sentido para evitar que o lixo de Toledo tenha que ser levado para outro município.

A coleta seletiva em Toledo envolve ainda a implantação de Ecopontos, num total de 7, cujo primeiro deve ter audiência pública para ouvir a população da região do Jardim Bandeirantes, onde a unidade está prevista junto à Guarda Municipal. Também está prevista a contratação de um aterro de construção civil e foi adquirido um triturador de grande porte há poucos dias para tratar de resíduos de maior dimensão, como sofás, que são transformados em cavacos, reduzindo seu volume. Além disso foi constituída a Coopertol, que pela concorrência deve melhorar a coleta de recicláveis, avaliou o engenheiro. Os vereadores lembraram os problemas com o Ecoponto que seria instalado na Vila Industrial e que foi abortado por pressão da comunidade, além do próprio Ecoponto Itinerante, que recolhia grande volume de detritos, questionando se a nova proposta terá eficácia. O engenheiro disse acreditar que sim, mas isso depende do que denomina responsabilidade compartilhada. Para ele não adianta uma campanha educativa se não houver continuidade, com mudança de hábitos, principalmente da população adulta, o que é uma coisa complexa.

Segundo o engenheiro, todos os locais definidos para Ecopontos primeiro devem ter discussão com as comunidades e devem ajudar, embora não vão solucionar o problema de destinação de resíduos. Para o engenheiro é preciso oferecer uma alternativa à destinação em beira de estrada e fiscalizar, multando quem não seguir o sistema. “Temos visto descarte inadequado, mas vai melhorar a destinação de resíduos, o que é muito melhor”, defendeu o engenheiro Flávio Augusto Scherer. O vereador Ademar Dorfschmidt lembrou visita à Itália para conhecer usina de plasma para destinação do lixo e disse que lá há multa de 500 euros – cerca de R$ 2 mil – nestes casos. O vereador Albino Corazza elogiou o conhecimento do engenheiro e disse que teria condições de responder pela pasta. Os vereadores questionaram ainda o engenheiro sobre o novo secretário designado para a Secretaria de Meio Ambiente e se já havia mantido contato ou feito reunião, mas ele informou que havia ido a Maringá em viagem técnica com o vice-prefeito Tita Furlan e retornara na noite da véspera. Ele disse que Toledo tem o 3º maior aterro sanitário do Oeste do Paraná, mas isto não é motivo para se acomodar, pois há 15 anos o foco era muito diferente e hoje a população cobra ações do meio ambiente. Ao final os vereadores elogiaram o depoimento do engenheiro e o presidente Airton Savello disse ter certeza que o novo secretário do Meio Ambiente, Ademir Paludo, vai saber aproveitar sua experiência.

Veja vídeo com a íntegra da quarta reunião da CPI