Café Rosa na Câmara de Toledo alerta para o câncer de mama

por Paulo Torres publicado 03/10/2018 16h25, última modificação 04/10/2018 09h28
A Câmara de Toledo realizou nesta quarta-feira, dia 3 de outubro, como parte das atividades do mês dedicado à prevenção do câncer de mama, o Café Rosa. O evento na Sala de Reuniões a partir das 9h reuniu as vereadoras Olinda Fiorentin, Marli do Esporte e Janice Salvador, enquanto a vereadora Marly Zanete não pode comparecer devido a uma cirurgia na boca. Como convidadas participaram as professoras Marlize Hofstaeter Zanini e Edna Schaeffer, as quais falaram de sua luta contra a doença, o tratamento e a participação de familiares e amigos. Também participou Madalena Costa, mãe da vereadora Marli que enfrentou o câncer há vários anos.
Café Rosa na Câmara de Toledo alerta para o câncer de mama

Café na Câmara reuniu vereadoras, assessoras e estagiárias e seus colegas e ouviu depoimentos sobre o câncer

 

 

 

IMG_4012a.JPGA Câmara de Toledo realizou nesta quarta-feira, dia 3 de outubro, como parte das atividades do mês dedicado à prevenção do câncer de mama, o Café Rosa. O evento na Sala de Reuniões a partir das 9h reuniu as vereadoras Olinda Fiorentin, Marli do Esporte e Janice Salvador, enquanto a vereadora Marly Zanete não pode comparecer devido a uma cirurgia na boca. Como convidadas participaram as professoras Marlize Hofstaeter Zanini e Edna Schaeffer, as quais falaram de sua luta contra a doença, o tratamento e a participação de familiares e amigos. Também participaram Madalena Costa (foto à esq.), mãe da vereadora Marli, que enfrentou o câncer há vários anos e os vereadores Vagner Delabio, Pedro Varela, Marcos Zanetti, Albino Corazza e Leandro Moura, além de servidoras, assessoras e estagiárias e seus colegas na Câmara Municipal.

Marlise disse que estava de férias no início do ano no Nordeste após ter feito mamografia em novembro que não deu nada. Após um dia intenso na praia brincando com o neto e andando de buggy ela sentiu dores na mama e ao procurar a Upa o médico lhe examinou e ao saber que era do Sul e ficaria até o fim do mês recomendou que retornasse. Após voltar e buscar consultas em dois convênios sem sucesso foi ao Ceonc e conseguiu para o dia seguinte, mas só foi confirmar com ultrassom. Além da rapidez da consulta via SUS ela disse que ficou escandalizada com a multidão que buscava atendimento no Ceonc, onde descobriu que o tumor de 87 milímetros era de tipo agressivo e que usualmente atinge pessoas de origem negra e com menos de 30 anos, enquanto ela é de origem alemã e tem 55. Ela fez o tratamento com quimioterapia em 6 sessões e depois 600 minutos de radioterapia para 19 linfonódulos, inclusive no braço, e agora vem monitorando de 3 em 3 meses.

Marlise (foto ao lado) disse que a família e o apoio dos amigos são fundamentais por a doença mexer com o emocional e que IMG_4034a.JPGtambémagarrou-se em sua fé, além de falar do desafio de enfrentar tudo e parecer forte por seu papel diante dos 3 filhos, que também cuidam para manter seu ânimo. “Os filhos choram escondidos”, disse ela, revelando porém que a doença lhe proporcionou conhecer muitas pessoas no tratamento e reencontrar outras com quem atuou como professora. Na profissão pela qual aposentou-se recentemente após 32 anos e no tratamento reencontrou um aluno que rezava por ela em Manaus, além de muita gente em Toledo, onde na fase mais intensa do tratamento acompanhava sempre as missas do Seminário Santa Mônica da sacristia. o padre saía do púlpito em meio à curiosidade de alguns e vinha lhe trazer a hóstia porque não podia ficar entre pessoas devido à baixa imunidade. “A gente tem que se agarrar em alguma coisa e me agarrei na barra de Jesus”, relatou Marlise no Café Rosa, onde disse que após o tratamento já conferiu todo o corpo em busca de linfomas e após concluir as preces do Cerco de Jericó fará o exame da cabeça.

 

Tratamento e vida normal

IMG_4021a.JPGTambém a professora Edna Schaeffer Amaral (foto) relatou que seu tratamento incluiu cirurgia e quimioterapia por 8 meses, mas não necessitou de radioterapia. Após 11 meses afastada ela retornou ao trabalho e hoje, com a volta da professora Janice Salvador à Câmara, é a secretária de Educação. Inicialmente ela fazia exames de 3 em 3 meses mas agora faz de 6 em 6 e tudo está bem. O enfrentamento de seu tumor teve sucesso, mas outra professora do Premen que foi sua professora, não teve o mesmo êxito. “Sempre fui uma pessoa muito saudável, só tive um câncer na minha vida” disse ela. No tratamento ela optou por usar lenço porque às vezes havia sol quente e ficou mais com seu filho, mas hoje trabalha nos três turnos. Ela disse que pela doença você não precisa ser uma pessoa amarga e hoje leva uma vida normal.

 A presidente da CSS-Comissão de Saúde, Seguridade Social e Cidadania Olinda Fiorentin agradeceu ao presidente Renato Reimann por abrir espaço ao evento. Já o vice-presidente da CSS, Marcos Zanettti, relatou o câncer que atingiu sua mãe. Ele contou que dirigiu a Cascavel para a consulta chorando, enquanto sua mãe manteve a serenidade. O vereador atribuiu isso à característica feminina, que se diferencia da força física masculina por uma outra força.  Ele destacou que esta é a força que faz a mãe acompanhar a tarefa do filho e que as mulheres mostram contra a doença e em seu papel na família e sociedade.IMG_4042a.JPG