Ato contra o fracking reúne milhares no Parque Ecológico
Ato no Parque Ecológico reuniu milhares de pessoas, entre elas familias e crianças
Mais de 3 mil pessoas participaram no domingo, dia 4, do manifesto em Toledo contra a exploração de gás com uso do fracking, a
tecnologia de fraturamento hidráulico. O ato lembrou que a exploração na região de Toledo está suspensa por liminar da Justiça Federal que ainda não tem decisão sobre o mérito e que veio após mobilização que contou com a Câmara Municipal e reuniu cerca de 2 mil pessoas nas ruas de Toledo em 3 de junho de 2014. O presidente da Câmara Municipal, Ademar Dorfschmidt, anunciou que Toledo vai enviar ônibus ao ato no Rio de Janeiro dia 18 contra o leilão de novas áreas. O presidente da Comissão de Mio Ambiente, Tita Furlan, que foi à Alemanha semana passada saber sobre a postura alemã quanto ao fracking, lembrou que existem outras tecnologias que não comprometem o solo e a água e criticou o fraturamento hidráulico, afirmando que Toledo tem uma comunidade que é contra seu uso e que vai brigar até em Brasília contra isso. “Nós somos uma família e daqui vamos contagiar o Paraná e o Brasil, não ao fracking, viva Toledo”, afirmou o vereador.
O ato reuniu o prefeito Beto Lunitti, o deputado estadual José Carlos Schiavinato, o vice-prefeito Adelar Holsbach, o secretário de Meio Ambiente Leoclides Bisognin e os vereadores Ademar Dorfschmidt, Tita Furlan, Vagner Delabio, Sueli Guerra, Expedito Ferreira, Walmor Lodi, Renato Reimann, Luís Fritzen, Airton Paula e Edinaldo Santos, além de lideranças de entidades, produtores rurais e da área ambiental. Também participou o engenheiro doutor Juliano Bueno de Araújo, da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil, que destacou o ato de Toledo e convidou os toledanos para participar da manifestação no Rio de Janeiro. Já a socióloga Moema Viezzer disse que o fracking é um crime ambiental e uma nova ameaça aos direitos humanos, ameaçando a água e o solo, a saúde através do câncer e inclusive a reprodução humana com as más formações fetais, além de sua exploração trazer problemas sociais e de violência. “Nós mulheres convidamos todos do município, região e do País a se contraporem definitivamente ao fracking”, disse Moema.
Toledo deve enviar seis ônibus ao movimento no Rio de Janeiro no dia 18 de outubro contra o leilão da Agência Nacional de Petróleo de exploração de novas áreas com uso do fracking. Os interessados podem buscar informações na Câmara Municipal.